29 agosto, 2017

OS SARRACENOS, A DESTRUIÇÃO DA IGREJA E O PROFETISMO MEDIEVAL

 Pedro João Olivi através de seus escritos, influenciou os Irmãos Pobres da Penitência da Ordem de São Francisco, os beguinos. Os escritos do franciscano João Olivi foram condenados em 1326 pelo Papa João XXII.

João Olivi foi autor fecundo. Na sua época ficou conhecido pelo epíteto de doutor especulativo. Foi professor do espiritual Ubertino de Casale, também herege como ele, e que se encontrava no mosteiro beneditino como personagem de Umberto Eco, no romance O Nome da Rosa.

Influenciado pela noção da teologia da história, na mesma senda de Joaquim de Fiore, Pedro Olivi fez comentários acerca do Apocalipse. Dizia-se, portanto, que estavam no fim da sexta idade da Igreja, que começara com São Francisco, e que a Igreja carnal, a Babilônia, a grande prostituta, seria rejeitada por Cristo, como outrora a sinagoga dos judeus.[1]

Para os seguidores de Olivi, haveria duas espécies de Anticristos, um espiritual e outro verdadeiro e principal. Na época identificaram esse Anticristo simbólico ao Papa João XXII. Vale acrescentar que para os adeptos da seita beguina, local de disseminação das ideias do herege Olivi, os prelados e religiosos que usassem roupagens supérfluas e ricas agiam contrariamente à perfeição evangélica e aos preceitos de Cristo.

14 agosto, 2017

NOSSA SENHORA, ÁGUA IMACULADA

A água, nos seus três estados: líquido, sólido e gasoso, relaciona-se muito bem com Nossa Senhora, com Sua relação com a Santíssima Trindade e com três aspectos da Cruz de Cristo.

Interessante observar que a água é una e trina ao mesmo tempo, pois possui seus três estados sem perder sua natureza, uma molécula formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio: H20.

Viver sem água é impossível, assim como ter vida espiritual sem Maria é impossível.

1) Nossa Senhora do Monte Carmelo

Num período de grande seca, Santo Elias estava no Monte Carmelo rezando, no mesmo local onde venceu os idólatras de Baal, quando, de repente, viu uma pequena nuvem erguer-se do mar, no meio de um céu totalmente azul.

Por uma intuição sobrenatural, Santo Elias soube que esta pequena nuvem simbolizava a Virgem predita por Isaías.

E a tradição sempre interpretou esta nuvem como símbolo de Nossa Senhora, pois a nuvem é água, mas não tem o sal do mar, desta forma Maria nasce da natureza humana que é machucada pelo pecado original, mas em Maria há apenas a natureza e não a mácula do pecado, pois o Redentor a preservou da culpa original.

Dos seguidores de Santo Elias, nasceu a Ordem do Carmo.

A água em estado gasoso vai para o alto, em toda sua forma, como Nossa Senhora que foi assunta ao céu, de corpo e alma.

Nossa Senhora é medianeira de todas as graças, assim como as nuvens são medianeiras das chuvas. Não há chuva sem nuvem, não há graças sem Maria.

09 agosto, 2017

A SIMBOLOGIA DO XADREZ [1]


Num mundo afogado por tecnologias e por jogos eletrônicos de toda a sorte, tais como os videogames, os infames “joguinhos” de celular e de computador, etc, um jogo antigo que ainda se destaca, de forma surpreendente, é o xadrez.
Jogo proporcional à beleza da sala e às roupas dos cardeais.

Sua origem remota se encontra na Índia e na Pérsia, e sua forma definitiva foi estabelecida na Europa do século XV, na Itália e na Espanha.

Por causa de sua origem indiana e persa, o xadrez permitiria simbologia ruim e mística.
Em que pese esta possibilidade, ainda que atenuada na sua forma definitiva, o xadrez possui simbolismos interessantes e corretos que motivaram este trabalho.

Na Idade Média, religiosos e sacerdotes fizeram sermões utilizando o xadrez como metáfora para a religião e a moral.[2]